Anjos da Paz¹
Cruz e Souza
Ó luminosas formas alvadias
Que desceis dos espaços constelados
Para lenir a dor dos desgraçados
Que sofrem nas terrenas gemônias!
Vindes de ignotas luzes erradias,
De lindos firmamentos estrelados,
Céus distantes que vemos, dominados
De esperanças, anseios e alegrias.
Anjos da Paz, radiosas formas claras,
Doces visões de etéricos carraras
De que o espaço fúlgido se estrela!…
Clarificai as noites mais escuras
Que pesam sobre a terra de amarguras,
Com a alvorada da paz, ditosa e bela…
¹N.R.: XAVIER, Francisco Cândido. Parnaso de além-túmulo. (Poesias mediúnicas). 19. ed. 8. imp. Brasília, DF: FEB, 2022