Revista Reformador

A fé e a caridade

Já é do nosso conhecimento que a caridade inicia com a benevolência e que esta se apresenta de duas maneiras: pela afabilidade e pela doçu ra. Quem cultiva a benevolência é bondoso, expressa boa-vontade em seus gestos e atitudes, portanto, possui e demonstra gentileza, que exige abnegação, esforço próprio para atingir o desiderato de ser gentil.

Benevolente o ser, a indulgência e o perdão apresentam-se de forma natural como consequência, porque não há indulgência e perdão se não houver boa-vontade, bondade, ou seja, benevolência. Quem age com afabilidade e doçura, mesmo perante as incompreensões, enfrenta um belo desafio para testemunhar a fé, ou seja, a confiança nos desígnios divinos, que concede à criatura oportunidades múltiplas para abrandar seus costumes no laboratório apropriado.

Fé e caridade caminham juntas. A fé incentiva a perseverança pela certeza de que tudo está em conformidade com as Leis Divinas que regem o mundo material e o espiritual, impulsiona a criatura a vencer a si mesma, enquanto a caridade conjugada com a fé dinamiza o amor, aperfeiçoa o ser e possibilita a alegria da felicidade pela prática do bem, mesmo no mundo em que a verdadeira felicidade ainda não faz parte dele.

Exercitar a fé e a caridade é viver o Evangelho e esta experiência é um desafio enobrece dor, porque exige renovação de hábitos velhos, ainda equivocados, que já deveriam ter sido substituídos por novos.

Fé e caridade estão impressas na bandeira de Ismael, o governador espiritual do Brasil, cujo lema: “Deus, Cristo e Caridade”, expressa fé em Deus e fidelidade às suas Leis; amor ao Cristo de Deus, Guia e Modelo a ser seguido, imitado; e caridade, Lei de Amor em ação.

Viver este lema é realizar evangelhos de feitos funda mentados na fidelidade a Deus, a Jesus e a Kardec, já que o lema expressa a primeira revelação trazida por Moisés, a segunda por Jesus e a terceira pelo Espiritismo: “Fora da caridade não há salvação”.

Estamos no melhor instante para desfraldarmos a bandeira da fé e da caridade, por caracterizar-se como momento de transição para um futuro jamais visto pela Humanidade, a Terra regenerada, e estes dias são oportunidades para mantermos a confiança na Lei Divina do Progresso, a nos apontar um porto seguro e de paz, no laboratório perfeito ao exercício da caridade.

Prossigamos intimoratos, confiantes na sabedoria divina, aproveitando os ensejos para que a nossa fé em Deus e a prática da caridade, conforme Jesus nos ensinou e exemplificou, sejam evidenciadas em nossos pensamentos e atos.