Revista Reformador

O essencial para dar sentido à existência

O período entre o nascimento e a morte é, normalmente, denominado de vida. Esta é a visão da não imortalidade. No entanto, para o Espírito imortal que somos, esse período é simplesmente uma existência, uma experiência passageira que o Pai, Amoroso e Bom, concede às criaturas para o aprendizado necessário ao seu crescimento intelecto-moral num habitat escola, a fim de vivenciar oportunidades benfazejas.

A cada nova experiência, para que seja bem aproveitada, faz-se mister uma visão transcendente ao período que se inicia no nascimento e encerra na morte do corpo físico. Quando há esta compreensão tudo faz sentido, porque está fundamentada na certeza da imortalidade, ou seja, na visão que transcende o citado período passageiro e peculiar à necessidade de cada Espírito que, neste vir e ir, a encarnação ou reencarnação, tem um tempo destinado em se propósito existencial estabelecido antes do nascimento.

A visão materialista, restrita ao período do nascimento à morte do corpo físico, é limitada e não oferece nenhuma esperança à vida futura, ao contrário, exacerba o egoísmo, a vaidade, o prazer hedonista, a incompreensão dos flagelos destruidores, das antipatias, das dores, dos sofrimentos e, sobretudo, da Justiça Divina.

Há mais de dois mil anos Jesus falou da vida futura, de um Reino que não é deste mundo, da imortalidade, e como tudo que Ele disse, fez e testemunhou, as suas aparições desmistificaram a morte e testemunharam a imortalidade quando ressuscitou, após a crucificação, em vários momentos a pessoas diferentes e em oportunidades diversas.

A partir deste fato, deste testemunho, a razão e o bom senso nos conduzem a concluir que a existência não é a vida do Espírito imortal, a qual é única a partir da sua criação. No entanto as existências são inúmeras oportunidades que a Bondade Divina concede pelas encarnações e reencarnações, a fim de que o Espírito imortal adquira os aprendizados necessários durante a caminhada evo[1]lutiva na direção da perfeição e da felicidade eterna.

Por isso, todos nós, Espíritos imortais, vestidos da indumentária carnal na existência física, precisamos adquirir a compreensão de seu sentido, entender o que é essencial para dar-lhe sentido e podermos louvar o Criador pela oportunidade.

Somente a fé nos desígnios do Pai e a esperança são os tesouros capazes de dar o verdadeiro sentido à passageira existência.

Estejamos, pois, seguros do essencial para que a existência tenha o seu verdadeiro sentido assegurado pelos nossos testemunhos de fé nos desígnios do Pai e de esperança na vida futura anunciada por Jesus, o Cristo de Deus.