Revista Reformador

A invitação irrecusável

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu
vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou
brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas,
pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.” (Mateus, 11:28 a 30.)

Há mais de dois mil anos Jesus convidou a Humanidade ao invitar os aflitos e sobrecarregados para chegar até Ele. No entanto, seu chamamento impõe a condição de tomar o seu jugo e de aprender com Ele, a fim de achar o repouso para as almas.

O jugo é a sua Doutrina, a Boa-Nova que Ele trouxe, o seu Evangelho, que esclarece sem violentar consciências, portanto suave, pois respeita a zona de compreensão de quem aceita seu convite.

Aprender com Ele significa desenvolver a brandura e a mansuetude de coração, que na vivência vão sendo gradativamente realizadas.

Quando o jugo é tomado sobre si, o discípulo passa a conhecer o seu Evangelho, a me[1]ditar, a sentir, a vivenciá-lo, de modo que o fardo das aflições, que se apresentava pesado, vai, paulatinamente, se tornando leve pela compreensão de que ele se mostra na dose exata que os ombros são capazes de carregar, graças à aceitação pela razão, que conduz à obediência e ao assentimento do coração…

Ele, o Cristo de Deus, trouxe a lume a Doutrina de amor, de paz, de concórdia e de fraternidade, esquecida por grande parte da Humanidade ao longo dos séculos. Chegou a hora de aceitarmos definitivamente o convite do Amigo divino por estarmos sedentos de paz, de amor, de fraternida[1]de; é o momento de tomarmos sobre nós o seu jugo, o caminho para o porto seguro, que esclarece e consola os aflitos e sobrecarregados.

O convite, desde o seu advento, em simples analogia, para os que navegam em terrenos adustos, agrestes, pedregosos ou enlameados, apresenta-se como o veículo seguro para a jornada; aos que navegam por mares tumultuosos, sujeitos a ventos fortes e tempestades o convite apresenta-se como o barco apropriado à navegação; e para os que realizam a viagem aérea, apresenta- -se como a aeronave equipada com todos os instrumentos capazes de verificar a rota se[1]gura perante céus turbulentos, sombrios e sem visibilidade. É o código de ética divino, único capaz de navegar em qualquer parte e em quaisquer condições, como a bússola orientadora que conduz os navegantes ao porto seguro da felicidade eterna, desde que movido pela caridade e a humildade.

Aceitemos, pois, desde já, a irrecusável invitação do Amigo divino, para que o seu jugo nos ensine a aprender com Ele e a achar o repouso para nossas almas.